Wednesday, February 06, 2008

Sand

Sento-me em frente ao Mar sentindo a brisa.Olho à volta e reconheço tudo.Cada detalhe.O céu ilumina-me o rosto e o Sol fala-me.Estou numa duna.Sem me dar conta agarro lentamente punhados de areia.Reparo então como se me escapa por entre os dedos. As minhas mãos não podem conter um milhão de coisas, que todas juntas parecem ser algo, que afinal não o são e se diluem sem deixar rasto.Sensação que me é familiar percorre-me a mente.Uma mão cheia de recordações que pareciam ser um todo, mas que resultaram ser demasiadas para que o meu simples gesto não possa com elas.Já não olho o azul do céu.Cego por uma ira contra a areia que por mais que lhe desfira golpes absurdos, dissolve-se e ali permanece.Caio de joelhos e no desespero rio-me para ela.Venceu-me.O Sol começa a ceder no tempo e pergunto-me:Quando deixei escapar as minhas ideias de areia?Como pude insistir em juntar ideias?Parece-me que só a água a fará consistente.É tempo de aprender a usá-la.

2 Comments:

Blogger lola.f said...

Já não olho o azul do céu.Cego por uma ira contra a areia que por mais que lhe desfira golpes absurdos, dissolve-se e ali permanece.Caio de joelhos e no desespero rio-me para ela.Venceu-me.O Sol começa a ceder no tempo e pergunto-me:Quando deixei escapar as minhas ideias de areia?Como pude insistir em juntar ideias?Parece-me que só a água a fará consistente.É tempo de aprender a usá-la.



LINDO, ADOREI LER.



BJS

2/06/2008  
Blogger Brain said...

A isto,
Eu chamo,
De,
Um VERDADEIRO,
Pensamento!

Um Beijo meu.

2/07/2008  

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