Claro como Água
De repente as coisas ficam claras.Limpidas,como a água de alguns mares que sabemos ou que visitámos. De repente sabem de nós e não gostam.Tornamo-nos incómodos, ameaçadores e isso deixa-os inseguros. Inseguros do seu pequeno mundo. Da sua tacanhez. Das suas incapacidades. É a ameaça às suas certezas ainda que inseguras. Passamos de admirável pela descoberta, pela cusquice, à raiva contida de nos saberem melhores. E isso é um tremendo incómodo. Nas suas mentes limitadas, passamos a pessoa indesejável pelas cercanias. Alguém se incomoda com a nossa presença, quem sabe, até com a nossa existência. E somos um alvo a abater. A derrubar. Vale tudo. Menos dar a cara, menos a franqueza, menos o confronto verbal. Não , isso não, que os descobriamos. Saberiamos também da sua existência. De mediocres, de incapazes. De falta de bom senso para discernir a diferença entre nós e eles. Da falta de visão entre o bom e o mau. Entre a real ameaça e a simples comunicação .
É este o mundo em que vivemos.O da insegurança.Da inveja.Causa-me tristeza.
Mesmo assim, sejam felizes na vossa insignificância.
É este o mundo em que vivemos.O da insegurança.Da inveja.Causa-me tristeza.
Mesmo assim, sejam felizes na vossa insignificância.
4 Comments:
Que se passa B? Ontem já não vi os teus post, e fui nanar. Acho que não é possivel fazer o que disseste. beijo, logo falamos.
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Não precisas que te diga mais nada meu docinho de garota.Força.
Pouco desejo no mundo,
sou fácil de contentar:
pão, água fresca, uma sombra
e a luz do teu lindo olhar...
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só p'ra mim.(ti)
Sophia de Mello Breyner Andresen
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