Tuesday, October 31, 2006
Talvez ...
Sempre tentaram contrariar esta minha tendência ao isolamento. A fuga às festas convencionais, as idas aos bares, às discotecas , passavam-me ao lado para desespero dos amigos. De passeios em centros comerciais nem pensar.Mas sempre souberam onde encontrar-me. Junto ao Mar. Dele não fujo, dele sempre me ouvem falar. Foi por isso que me instalei pertinho, de janelas viradas ao Atlântico. Mas não me basta, preciso mais. Mais perto.Talvez viver um tempo no , e para o Mar.Talvez . . .
Sunday, October 29, 2006
Friday, October 27, 2006
Tuesday, October 24, 2006
Monday, October 23, 2006
Sou ...
. . felina . . .
Confesso- te a minha fera, tenho alma de felina sim. Puma, leoa, pantera, lince. Todas elas habitam em mim. Tenho juba, tenho força, garra, cheiro de exótico, cheiro selvagem. Tenho fome de vida, instinto selvagem. Olho- te sedenta, olhos nos olhos fico de gatas e solto a minha juba, faço -te minha presa. Amo- te sem pressa...
Sunday, October 22, 2006
Home
Podemos ter um apartamento em Lisboa, uma casa em Santa Barbara, um rancho na Austrália, uma cabana em Morea ou mesmo um duplex em NY.Podemos sim, mas podem não passar de uma morada.Um lar é muito mais.Precisamos sentir um chamamento de felicidade ao rodar a chave.Ou que alguém nos abra a porta . . .
"When I despair, I remember that all through history the way of truth and love has always won. There have been tyrants and murderers, and for a time they seem invincible, but in the end, they always fall. Think of it...always." - Gandhi
Friday, October 20, 2006
Thursday, October 19, 2006
Wednesday, October 18, 2006
A memória
Era uma vez ... uma menina que não brincava com bonecas, nem com outras meninas.Ela tinha outros meios para se distrair. Ocupava-se dos animais que estavam por perto e deslumbrava-se com os que sabia existirem mas para sua segurança estavam longe. Chegaram a pensar que iria ser veterinária.
A menina brincava com a terra, guardava os cheiros na memória. A menina olhava o horizonte e perguntava-se o que haveria para lá. Quando fosse grande iria descobrir. A menina deitava-se no chão a olhar as estrelas.Volta e meia, a Lua iluminava-lhe o quarto e animava as sombras que ela nunca temia.Também havia o Mar. Muito azul! E areia muito dourada. E o Sol! O Sol sempre lhe deu ânimo para correr pela praia. Sentava-se na areia molhada, rebolava até ficar irreconhecivel. Só os olhos a denunciavam. Eram verdes. Ela gostava que fossem azuis. Como o Mar. Mas não eram e não percebia porque diziam que eram bonitos. Os azuis é que eram . Não os seus.
Um dia perguntaram à menina o que gostaria de ser , quando fosse adulta. Sem pestanejar respondeu, Princesa! A senhora riu-se. Ela não achou graça.
E não vai querer saber porquê?-perguntou.
Satisfez a curiosidade não requisitada. Queria ser princesa para mandar todas as pessoas tratarem bem dos animais e dos meninos da côr do chocolate.Um dia, iria saber que a ausência do seu reinado como princesa tinha deitado tudo a perder.Os meninos da côr do chocolate tinham fome e eram orfãos. Ela não tinha poderes para mudar nada. Não podia mandar, só pedir ajuda para eles.
Foi numa tarde na mudança de estação que viu um menino desses, de olhos grandes, castanhos ,muito doces que a olharam com desespero da perda da mãe.Foi o primeiro contacto com a morte.Agarrou o menino com toda a força que teve e segredou-lhe a promessa de criança.
Ia tratar das pessoas.Não as podia deixar morrer.Tenta cumprir a promessa.
Sempre que está em risco a vida de alguém, ela recorda os olhos doces do menino da côr de chocolate.Fecha os olhos e recorda os cheiros.Volta lá.
A menina brincava com a terra, guardava os cheiros na memória. A menina olhava o horizonte e perguntava-se o que haveria para lá. Quando fosse grande iria descobrir. A menina deitava-se no chão a olhar as estrelas.Volta e meia, a Lua iluminava-lhe o quarto e animava as sombras que ela nunca temia.Também havia o Mar. Muito azul! E areia muito dourada. E o Sol! O Sol sempre lhe deu ânimo para correr pela praia. Sentava-se na areia molhada, rebolava até ficar irreconhecivel. Só os olhos a denunciavam. Eram verdes. Ela gostava que fossem azuis. Como o Mar. Mas não eram e não percebia porque diziam que eram bonitos. Os azuis é que eram . Não os seus.
Um dia perguntaram à menina o que gostaria de ser , quando fosse adulta. Sem pestanejar respondeu, Princesa! A senhora riu-se. Ela não achou graça.
E não vai querer saber porquê?-perguntou.
Satisfez a curiosidade não requisitada. Queria ser princesa para mandar todas as pessoas tratarem bem dos animais e dos meninos da côr do chocolate.Um dia, iria saber que a ausência do seu reinado como princesa tinha deitado tudo a perder.Os meninos da côr do chocolate tinham fome e eram orfãos. Ela não tinha poderes para mudar nada. Não podia mandar, só pedir ajuda para eles.
Foi numa tarde na mudança de estação que viu um menino desses, de olhos grandes, castanhos ,muito doces que a olharam com desespero da perda da mãe.Foi o primeiro contacto com a morte.Agarrou o menino com toda a força que teve e segredou-lhe a promessa de criança.
Ia tratar das pessoas.Não as podia deixar morrer.Tenta cumprir a promessa.
Sempre que está em risco a vida de alguém, ela recorda os olhos doces do menino da côr de chocolate.Fecha os olhos e recorda os cheiros.Volta lá.
Sunday, October 15, 2006
Sunday, October 08, 2006
Saturday, October 07, 2006
Friday, October 06, 2006
Muito afecto...
Estou finalmente em Israel.
Fui recebida com a delicadeza própria de quem nos quer impressionar. Estou em casa de um dos muitos David´s deste país. Muito unidos, ainda que longe geográficamente se encontrem os membros desta família, demonstram uma ternura e carinho que me deixa de sorriso no rosto. Aquele sorriso que me emociona, aquele que faz tempo deixei de ter. A mãe, assegura-se de que tudo está preparado sem falhas.Os detalhes são preciosissimos. Gosto de gente assim, organizada . Simpáticos, afáveis, alegres e muito educados. Os filhos já homens, são o exemplo vivo da esmerada educação. Estou bem integrada, estou a gostar.
A festa de casamento aproxima-se e tenho só hoje para adquirir vestes próprias ao evento.
Estou a contar as horas para descobrir um mundo novo ...
Fui recebida com a delicadeza própria de quem nos quer impressionar. Estou em casa de um dos muitos David´s deste país. Muito unidos, ainda que longe geográficamente se encontrem os membros desta família, demonstram uma ternura e carinho que me deixa de sorriso no rosto. Aquele sorriso que me emociona, aquele que faz tempo deixei de ter. A mãe, assegura-se de que tudo está preparado sem falhas.Os detalhes são preciosissimos. Gosto de gente assim, organizada . Simpáticos, afáveis, alegres e muito educados. Os filhos já homens, são o exemplo vivo da esmerada educação. Estou bem integrada, estou a gostar.
A festa de casamento aproxima-se e tenho só hoje para adquirir vestes próprias ao evento.
Estou a contar as horas para descobrir um mundo novo ...
Thursday, October 05, 2006
Insónia
Era fim de tarde . Uma tarde quente, daquelas que dificulta os movimentos. Ali era sempre assim.O corpo habitua-se, mas a mente distrai-se. Caminhava com alguma dificuldade pelo propósito da escolha de um lugar onde uma bebida lhe refrescaria a garganta. Sentou-se a uma mesa redonda, onde lhe colocaram esse precioso líquido saido de garrafa directo ao copo que agarrou com rapidez no intuito de levá-lo à boca seca. Bebeu-a de um trago e de olhos fechados. Recostou-se na cadeira, deslizando no assento. Esticou as pernas. Inclinou o copo para deixar escorrer o gêlo até aos lábios. Segurou-o entre os dentes. Era o hábito. Lembrou-se que não estava só .Levantou o olhar .Alguém a olhava com um sorriso. Sentiu o calor no rosto.Corou.
Ele não desviou o olhar nem um instante .Isso deixou-a desconfortável. Levantou-se e saíu.Ele seguiu-lhe os passos. Ela já não controlava a situação e isso irritou-a. Pensou ter-lhe trocado as voltas até o desmoralizar a segui-la. Sentiu-se segura. Enganou-se. Ele não a seguiu por opção.
À noite lembrou-se daquele olhar, daquele sorriso. Raios! O sono não vem ...
Ele não desviou o olhar nem um instante .Isso deixou-a desconfortável. Levantou-se e saíu.Ele seguiu-lhe os passos. Ela já não controlava a situação e isso irritou-a. Pensou ter-lhe trocado as voltas até o desmoralizar a segui-la. Sentiu-se segura. Enganou-se. Ele não a seguiu por opção.
À noite lembrou-se daquele olhar, daquele sorriso. Raios! O sono não vem ...
Wednesday, October 04, 2006
Tuesday, October 03, 2006
"the" Song
It don't matter, when you turn
Gonna survive, live and learn.
I've been thinking about you baby
By the light of dawn, and in my blues
Day and night, I been missing you
I've been thinking about you baby,
Almost makes me crazy,
Come and live with me
Either way, win or lose,
When you're born into trouble you live the blues
I've been thinking about you baby
See it almost makes me crazy child
Nothing's right if you ain't here
I'd give all that I have just to, keep you near
I wrote you a letter and tried to make it clear
That you just don't believe that, I'm sincere.
I've been thinking about you baby...
Plans and schemes, hopes and fears
Dreams i've denied for all these years
I've been thinking about you babe,
living with me, well.....
I've been thinking about you baby,
makes me wanna...child
Nothing's right, if you ain't here
I give all that I have just to keep you near
I wrote you a letter darlin', trying to make it clear
How much you just don't believe that I'm sincere.
Thinking about you baby, I want you near me
Massive Attack - Live With Me
Vou voltar em breve ...