Friday, September 29, 2006

Para os amigos

A pedido de vários amigos esclareço a minha situação geográfica.Continuo no sul do Líbano.
A confusão foi provocada pelo convite que me fizeram para um casamento judeu que irá ter lugar na próxima semana em Israel.O convite foi feito aqui e o resto já sabem.
Veremos se conseguimos sair daqui a tempo ...

Wednesday, September 27, 2006

Espera


Hoje estou zangada comigo.
Tanto que eu quero fazer e é-me impossivel pelo impasse em que me encontro. Culpo-me pela situação , mas nada de mais posso fazer que esperar, e desesperar.

Tuesday, September 26, 2006

Homens

Não fora a indumentária que os distingue como voluntarios ou não, para humanização de uma guerra que deverá dar lugar à paz (quem acredita nisto?), pensaria estar em Sunset Blvd pelos vários idiomas aqui ouvidos.
Hoje lembrei-me de escrever para uma amiga. Se ela ler, saberá que lhe é destinado. E porquê? porque o tema é o seu preferido. Homens. E porque aqui ela estaria como peixinho na água. São de várias nacionalidades, para todos os gostos, morenos, louros, altos, baixos, olho azul, verde, castanho, simpaticos, dificeis, oferecidos, enfim, só pelo simples facto de a ter imaginado por aqui, e me ter proporcionado alguns momentos de riso, já vale este lembrete.
Bem hajas amiga por existires

ah ... os latinos são mais bonitos

Monday, September 25, 2006

Blue


O inatingível é sempre azul....

Visto da terra, o céu é azul.
Vista do céu, a terra é azul.

Será o azul uma cor em si ou uma questão de distância? Ou uma questão de nostalgia? O inatingível é sempre azul.

Lispector / A descoberta do mundo

Sunday, September 24, 2006

Preciso ...

Continuo no mesmo sítio e não tenho a minima ideia como e quando vou sair daqui.
Preciso de ajuda.

Preciso olhar gente diferente ...
Preciso dos passeios com os meus cães ...
Preciso urgentemente do Mar ...
Preciso de paz ...
Preciso da minha cama ...
Preciso sentir-me mulher...
Preciso de palavras doces ao ouvido ...
Preciso de mimos ...
Preciso de beijos ...
Preciso de ti ...

Friday, September 22, 2006

Os deuses estavam lá ...

Continuo no sul deste país em permanente agressividade. Fui interpelada, incomodada e quase agredida por dois individuos que me intimidaram não pelo seu aspecto, mas pelas armas apontadas sem motivo que não fora a incapacidade de resolução pela via diplomática e a aptidão para a agressão. Estive cerca de uma hora neste confronto directo sem ajuda, num lugar afastado de qualquer possibilidade de a pedir. Estive por mim, consegui ultrapassar este momento aflitivo e aqui estou, prontinha a sair o mais rápido possivel daqui e rumo aos vizinhos.
Agradeço aos deuses o simples facto de poder estar a escrever ...

Thursday, September 21, 2006

Marriage


Recebi um convite para um casamento judeu. Estou entusiasmada com o evento. Agora preciso comprar uma roupinha decente para ficar bonita, não tão bonita quanto a noiva, que conheci por foto ontem. Linda de morrer. O noivo é irmão do meu contacto .Os pais deles são uma simpatia, fizeram questão a que ficasse em sua casa. Não tive como dizer não. A mãe disponibilizou-se para me explicar todo o processo da boda.
Os noivos vivem nos Estados Unidos, mas é na sua terra de coração junto da família que unirão os seus destinos.
Bem, vou tentar portar-me à altura das expectativas dos anfitriões.

Wednesday, September 20, 2006

Under the skin


Estas minhas raras alterações de humor a descair para a tristeza, têm um ponto comum.Um sentimento longínquo de saudade. O que me confunde é a antecipação do facto.
Recebi um e-mail en castelhano. Devia ter calculado.
Os anos vão passando e continuo no seu coração . As mulheres que lhe vão aquecendo a cama por esse mundo fora, não dissipam a sensação de mim que ainda conserva na pele.Também eu não o esquecerei nunca.Terá sido o homem da minha vida? Terei sido também eu a mulher da sua existência?
Só o saberemos no final da vida ...É bom recordar alguém que fêz uma etapa significativa da nossa vida, com muito carinho.
Apesar do momento mau da infidelidade, resta-me o bom sentimento do previlégio de ter sido muito amada ...

Tuesday, September 19, 2006

Mal

Hoje não tenho questões nem desafios.
Estou triste sem razão aparente e isso incomoda-me, o não saber a causa.Vai passar.
Um dia bom para todos que se dão ao trabalho de me ler.


" Si tu mal tiene remedio por qué te afliges? Si no lo tiene, por qué te afliges? "

Monday, September 18, 2006

1+1= ?


Hoje coloco a questão assim:

Acreditam que duas pessoas que se apaixonam, de extratos sociais diferentes, com modos de vida completamente opostos podem ter um futuro promissor?

Saturday, September 16, 2006

Life is too short ...

Hoje tenho um desafio... algumas questões.

Já pensaram que podem não conseguir ler todos os livros que gostariam ?
Por que ordem? dinheiro, beleza, inteligência
Alterariam a vossa vida de um dia ao outro por alguém?

Thursday, September 14, 2006

Fuga

Em conversa de jantar, falou-se de homens, mulheres, planos de vida, destinos de caracter profissional , sonhos por concretizar, e o que nos move nesta busca incessante de partir.
Todos sabemos e nem sempre admitimos, que é uma desculpa para a fuga. De um casamento, de um amor fracassado, de uma morte, de qualquer facto ou situação que preferimos não enfrentar.De um modo difuso somos cobardes . . .

Wednesday, September 13, 2006

Agradável

Amanhã mudo de sítio.Vou mais para sul. Os motivos que me levam a sair daqui, é o da segurança.Tenho pena de não poder ficar.Quem sabe um dia possa voltar.Quem sabe com a descendência. . .

Tuesday, September 12, 2006

Love

Some people think of love as a stong like
Some are very passionate about love
True love is underestimated
Nobody really knows what true love is
A person that says love is lovable
A passion for someone or something
What makes you feel good inside
Is having somebody or something by your side

Where r u ?

Descobrir qual é a pécinha que encaixa na nossa no meio de tantas outras que também se encontram disponiveis, é dificil . Se procuramos indefinidamente , arriscamo-nos a encontrar pela vida fora pessoas que nos surpreendem e por quem nos afeiçoamos ou nos podemos apaixonar.Já tomei vacina, mas eles nem sempre e o resultado é perigoso.Continuo a sentir saudades de uma pécinha que resolveu um dia mudar de posição e ir encaixar noutro puzzle , mas como tudo nesta nossa passagem , os anos vão amenizando essa falta.
Onde andará a que se vai juntar à minha?

Monday, September 11, 2006

Amor


. . . Amor , é o que todos precisamos . . .

Don´t forget

we will only get stronger

Sunday, September 10, 2006

. . .

Precisava ouvir-me antes de subir àquele avião. Estava em Madrid. Fiquei feliz de o ouvir. É sempre assim .O terror de voar dissipa-se por momentos ao ouvir-me deste lado. Digo-lhe em tom de brincadeira que os deuses estão com ele. Lo sé, responde-me. Por quanto tempo irá durar este hábito? É bom saber que de alguma maneira é a mim que recorre neste momentos.
Desta vez, um te Amo deixa-me de lágrima no olho . . .

Friday, September 08, 2006

É suposto alguém entender?

Estou longe, mas vou lendo as noticias de destaque pelo mundo. Não, não foi para saber o que passa para o exterior, em termos de verdades, ou omissões. Essas podem deixar-me zangada pela ausência de verdade, triste pela alteração dos factos, mas nunca intrigada.
Desta vez li algo que me fez pensar, e quando digo pensar, é mesmo ficar especada, reler para ver se o fiz correctamente e concluir a minha opinião . A noticia da austriaca que ao fim de oito anos de suposta reclusão , depois de sequestro por um tarado qualquer, consegue finalmente fugir para felicidade de familiares e conhecidos que a supunham talvez já morta deixou-me contente.Depois fui lendo e fiquei estupefacta. .O mundo assistiu com espanto a uma entrevista que quanto a mim nunca devia ter acontecido tão cedo, onde a victima de sequesto, aparenta uma calma desconcertante, um discurso inteligente, e uma visão do facto que deixa qualquer um sem palavras.
Li também a carta que supostamente escreveu antes da entrevista. Acreditem que fiquei de boca aberta com o que li.Não me pareceu escrita pelo punho de alguém que esteve sob o dominio de um louco. A visão de um pai distananciado por oito anos, não estava nas suas prioridades.
Infelizmente, já fui testemunha de lágimas envergonhadas de mulheres,ou de meninas da idade em que a Natascha desapareceu, e nunca sob qualquer pretexto, falaram do monstro com tal desenvoltura.E nenhuma esteve em cativeiro, mais que umas horas para consumar a violação.O terror, o ódio , o nojo, esteve sempre presente aquando dar a cara para que mais ninguem fosse victima da mesma humilhação, do mesmo crime.Vi mesmo desejo de vingança nos rostos de algumas.Das outras, as que nem sabemos, imaginamos que seja pela repulsa que não falam.
A manipulação deste sequestrador é mais original e descobre paixão em substituição do desejo de esquecer o horror? que tipo de crime é este em que ambos se sentam a ver televisão, andam em supermercados, convivem com a mãe do sujeito?
A menina cresceu com uma visão do mundo mostrada segundo a filosofia do sequestrador.Afinal até nem se iniciou no alcoól, tabaco e drogas. Afinal nem tudo foi mau. Partilharam a decoração do espaço de dimensões impensáveis, a que chamaram quarto.Ela insurgiu-se pela revelação televisiva de algo muito pessoal, o quarto. Dele, não sente ódio, talvez pena, talvez nem o consiga esquecer, não por ter sido violento, o que recusou, mas por ter feito parte da sua vida.Que desejo mórbido é este de pretender a casa onde passou oito anos que todos pensamos terem sido horrendos?Caso estranho é também ter querido aparecer em público(visto por milhões) não para denunciar um crime hediondo, mas para contar a sua história como se de estrela rock se tratasse. Não estou a ser demasiado dura não, nada faz sentido nesta história bizarra, onde nem o crime sexual praticado com alguma assiduidade não me pareceu suficientemente destroçador nesta relação victima-sequestrador.
Não auguro uma sanidade futura nesta rapariga que faz de uma couraça aparentando coragem, um facto digno de registo visual para audiências desejosas de explicações. A sua realidade será outra quando os seus dias voltarem à rotina diária e os demais a olharem como um caso raro de um crime sem qualificação.
Quero mostrar aqui a minha compreensão e solidariedade incondicional para todas as victimas de sequestro, violação, ou maus tratos.O que não consigo entender, é o folclore a que assisti à volta de uma rapariga que nem se apercebe do erro que cometeu em subvalorizar o que viveu.
Será que um dos programas favoritos de ambos era o Bigbrother?

Manias ...

A propósito de um itinerário proposto de viagem por terras geladas e de uma possivel dormida em tenda, deparei-me com as minhas manias e gostos.
Assim, adoro. . .

lençois de seda, almofadas de penas, banho de imersão, toalhas perfumadas, pés e mãos tratados, chocolate quente, p.a. americano, sapatos limpos, saias ou vestidos, t.shirts brancas de alças , jeans azuis, relógios, lingerie livros, crianças, velhinhos, sorrisos, bonbons, sumos naturais, fruta, morangos,espargos, massas, comida libanesa, filipina, mexicana, doces, grelhados(em portugal), champagne, sexo e mimos, uma boa conversa, dias de Sol, mergulho, areia, sal na pele, outono em Paris ou NY, a minha profissão, organização, conduzir, velejar, saltar na Empúria Brava, Barcelona, poesia em castelhano, a fúria do Mar, caminhar na praia à chuva, os meus cães, aguarela, perfumes, abacate, calor, deserto, rosas amarelas, cinema, inteligência, oferecer, Santa Bárbara, Ingrina, natação, maquillagem q.b.
O que não dispenso . . . duche, óleo de bébé , cama limpa, cereais ao p.a. água , leite, saladas , ler antes de adormecer, o panda de peluche, refeições sentada, uma hora de meditação de preferência ao pôr -do-sol, estar em paz comigo, perfeição, a verdade, ajudar, justiça, elogiar quem merece, ouvir os mais velhos, aprender, música, defender a minha dignidade, ser feminina, mimar quem amo, ronronar, dormir o necessário , colónia de bébé, óculos de Sol, relógio, portátil, trabalhar.

O que detesto . . . mentira, injustiça, ovos cozidos, tabaco, unhas grandes, verniz vermelho, desorganização, condutores lusos (nem todos felizmente), chicos/as espertos, intolerância, falta de educação , racismo, frio, nórdicos, o destaque do lixo (gente visivel) no meu país , prepotência, fritos, parasitas ( e falo de humanos) e baratas, andar de pijama em casa, gente dependente, comer na cama, receber presentes, pressões psicológicas, telemóveis a tocar alto.

E depois estão os defeitos e virtudes . . . pois nem vos conto... imenso defeitos e as virtudes . . . só consigo ver duas . . . nunca me esqueço quem me faz bem, sou felina a defender quem precisa.

Depois disto ainda me acham um doce? (risos)

Wednesday, September 06, 2006

Deixo-vos um docinho . . .

Monday, September 04, 2006

Se ela diz ...

Nesta minha vida de saltimbanco ainda me resta tempo para os meus pensamentos. Alguns são só meus, outros partilho com quem se digne pestanejar frente ao monitor enquanto tira conclusões sobre o que escrevo. O juízo final não me é comunicado, assim ficando para sempre com a sensação que ninguem leu. Mas a verdadeira razão de apresentar aqui o que me vai na cabeça, é uma forma de exorcizar alguns fantasmas que me assaltam. Se tocar alguém, por certo já valeu a pena não guardar só para mim.
Mas dizia eu, ainda ter tempo para os meus pensamentos. Daí vou escrever sobre o pós alguém.
Haverá pós fulano/a tal? Claro que sim, mas precisamos referir que existe uma relação. Os conhecimentos não se englobam nesta situação. É evidente que uns/umas se seguem a outros/outras, em termos de conhecimento, mas nunca se pode tomar como facto consumado quem está primeiro ou não. Cada pessoa ocupa lugar definido na escala de conhecimento, amizade, ou mesmo amor. Não conto com certezas em relação a ninguém, o mesmo gosto que o façam comigo.
Nestas coisas dos sentimentos devemos distanciar-nos do egoísmo, caso contrário correremos o sério risco de nos impor aos outros.
Também não gosto de saber-me "a minha". Não sou propriedade de ninguém. Calculo por antecipação que o serei só e exclusivamente de filhos que um dia terei. O mesmo farei e fiz noutras relações. Na Vida nada é certo. Certezas, só as que já vivemos.
Não quero parecer sabichona, nem superior, mas a Vida tem-me ensinado a calcular bem onde piso e acreditem o chão por vezes é bem escorregadio. A ginástica elaborada para um equilibrio perfeito, deveria dar direito a pódium nas Olpimpíadas.

Mas tudo isto não passou de um desabafo ao fim de um dia de trabalho, e embora possa não parecer sou um doce de miúda.(já que ninguém me gaba...)

Sunday, September 03, 2006

Abandono

Fui acordada a meio da noite por um colega que precisava do meu auxílio.O convite agora era outro. Ainda a meio de sonhos causados pelas conversas da noite, levantei-me, bebi um copo de leite e saí.
Deparei-me com duas crianças nervosas pelo óbito anunciado da mãe. A doença maligna roubou-a aos miúdos. Agora estavam sós de progenitores. O pai tinham-no perdido nesta estúpida guerra sem fim com o país vizinho.Uma familiar tinha-os trazido para acompanharem a mãe.Coube-me a mim dar-lhes a notícia. Foi assim que pensou o meu colega. Proporcionar-lhes calma e uma nova visão da vida era missão minha. Why? Terei eu escrito na testa que também senti este abandono na pele?
Depois de quase duas horas passadas em tentativas de aproximação negadas pela violência dos choros, agarrei o mais pequeno que se abadonou num abraço apertado.O outro chegou-se a mim e agarrou-me o braço.Os choros não se ouviram mais, foram substituidos por uma lamúria ranhosa, babada .Nas faces do mais velho rolavam ainda lágrimas sentidas.O silêncio juntou-se a nós.Ficámos agarrados meios adormecidos até que me alertaram da hora.Uns olhos enormes castanhos escuros olharam-me como um pedido de "não me deixes", mas conformaram-se com a companhia da familiar que os levou. Sem sorrisos, só a comunhão desse sentimento de perda.
Olhei o braço. Estava negro. Estas são as nódoas que nenhum detergente badalado desfaz. Estas são as que mais me marcam. Este crescimento a que me sujeito diáriamente vai com toda a certeza tornar-me numa pessoa melhor.

Saturday, September 02, 2006

Dinner

Depois de um dia comprido soube-me bem o convite para jantar.Neste fim de mundo encontram-se sitios que nos passam despercebidos.Boa comida, música sensual e sorrisos simpáticos.
Em Lisboa, N.York, Lax, Singapur ou mesmo aqui, podemo-nos divertir, basta que entendamos a nossa necessidade de diversão .
Talvez em Lisboa aprecie estar por casa com amigos, em N.York beber toda a cultura possivel e ir de compras (risos ) em Lax rever amigos e apreciar um sunset em recantos saudosos,em Singapur tudo menos aquilo que nos parece impróprio para consumo, e aqui basta-nos um jantar em companhia agradável e bons temas de conversa.
Faz tempo que não me divertia tanto com tão pouco.

Ah . . . e a Lua está a engordar...

Friday, September 01, 2006

Show me Heaven

Uma das viagens que pretendo fazer, será ao Ártico. É o único sitio "gelado"(brrrrrr...) na Terra que me atrai, pois sempre me fascinaram mais os lugares quentes, ou mesmo desérticos, onde me sinto melhor. E porque estou a escrever sobre isto? porque nas últimas 24horas tenho sido bombardeada com histórias de viagens ao Ártico. E eu que pensava ser um pouco doida nestas coisas do " ir "...
Quem sabe um destes dias ...